Adsorção,dureza
O estudo aborda a dureza da água em Sete Lagoas, MG, que está sobre o aquífero Bambuí e enfrenta desafios relacionados à alta concentração de íons cálcio e magnésio. Com uma população superior a 227 mil habitantes, a região cárstica é rica em água subterrânea, mas os aquíferos costeiros apresentam predominância de íons cloreto e sódio, resultando em água dura, caracterizada por altos níveis de sólidos dissolvidos. Uma solução viável para o tratamento da água dura é o abrandamento, que pode ser realizado por meio de precipitação química ou troca iônica. Nesse processo, resinas catiônicas removem íons indesejados, substituindo-os por sódio, menos prejudicial à saúde. O estudo também propõe o desenvolvimento de carvão ativado a partir de ossos bovinos como método para remover cálcio e magnésio. A decomposição inadequada desses ossos emite metano, e o uso desses resíduos pode mitigar esse problema. A metodologia envolveu a coleta de osso bovino, assegurando sua procedência. Os tecidos desnecessários foram removidos, e o material foi colocado em uma mufla a 500 °C por 1 hora para eliminar a umidade. Após resfriar, o osso foi triturado em pó fino, facilitando a caracterização, que incluiu análise de umidade, pH, cinzas e matéria orgânica. O pó foi então ativado com diferentes reagentes para aumentar sua adsorção, e o carvão ativado resultante foi utilizado na remoção de cálcio em água dura, permitindo avaliar sua eficácia na purificação. Os resultados foram registrados para determinar a eficiência do carvão produzido. Além disso, a pesquisa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), abordando saúde, água limpa e consumo responsável. Essa abordagem busca tratar a dureza da água e reduzir o impacto ambiental da decomposição de resíduos. Em conclusão, o trabalho revela que a dureza da água está relacionada ao solo e seus sais, apresentando uma alternativa viável ao utilizar ossos bovinos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.