Poliestireno expandido. Resíduo Vítreo
As mudanças nos hábitos de consumo da sociedade atual têm causado diversos impactos ambientais, trazendo inúmeros desafios para o desenvolvimento sustentável. Uma das consequências é a alta geração de resíduos sólidos, os quais podem causar sérios problemas ambientais. No Brasil, a principal tecnologia utilizada é a disposição dos resíduos em aterro sanitário. Entretanto, a falta de estratégias de coleta seletiva eficaz faz com que diversos materiais potencialmente recicláveis sejam acondicionados neste local, reduzindo a vida útil dos mesmos. Dentre os resíduos gerados, destacam-se o isopor e o vidro, produzidos em grande volume pela indústria e comércio. Afim de estudar formas de reduzir este impacto ambiental, o presente trabalho tem por objetivo desenvolver uma tinta para pintura metálica tendo resíduos de isopor e vidro em sua composição. Este, está de acordo com os ODS da ONU de número 9 , 11 e 12. A pesquisa foi realizada em escala de laboratório e dividida em três etapas metodológicas: caracterização de uma tinta primer epóxi vendida no mercado, balanço de massas e síntese de uma tinta a partir de resíduos, controle de qualidade da tinta produzida. Os resultados indicaram que a tinta epoxi comercial possui cerca de 35,14 % de solvente, 24,47% resina e 40,37% de pigmento e carga. A tinta foi sintetizada com a seguinte composição: 35,01% de solvente, 24,41% de isopor, 20,29% de resíduo vítreo e 20,29% de resíduo de mineração. Os ensaios de aplicação por pulverização não foram favoráveis, assim como a condição de aderência da tinta. Contudo, conclui-se que a aplicação da tinta sintetizada com resíduo apresenta baixa aderência e aplicação favorável apenas por rolos ou pincéis, sendo necessária a implementação de outros tipos de resina para melhorar as condições de aplicação e aderência da mesma.