Ditadura. Censura, Imprensa.
A história da democracia brasileira é assinalada por seus momentos chocantes nos terríveis “Anos de Chumbo”, iniciados com o Golpe Civil Militar de 1964. A imprensa foi o foco da censura ao decorrer da ditadura implantada pelo golpe civil-militar de 1964, que assumiu várias formas: a lei da imprensa de 1967, a censura prévia em 1970 e a autocensura. A censura política à imprensa tinha por objetivo a incumbência de caráter jornalístico e a divulgação de reportagens que pudessem alcançar autoridades ou as organizações de sustentação do regime. A sociedade passou a padecer dos efeitos de um regime considerado desnecessário, repressivo, arbitrário e autoritário. Em contrapartida, considerado necessário pelas elites brasileiras da época, e parte desse apoio deve-se pelo financiamento do golpe. A Liberdade de expressão passou a ser fortemente atacada pelo governo, os direitos individuais foram cassados sob o apoio da Lei de Segurança Nacional, à medida que o cidadão brasileiro ficou em completa dependência dos desmandos do Regime Militar. A distribuição burocrática do trabalho dos censores se encontrava principalmente na área da Polícia Federal e do Ministério da Justiça. Este trabalho censor tinha a responsabilidade de analisar uma grande quantia de material e selecionar meticulosamente todos aqueles que deveriam ser eliminados, portanto era publicado pela imprensa somente aquilo permitido e escolhido. Os jornais publicavam receitas culinárias em seus editoriais, para comunicar que estava sendo censurados, enquanto outros veículos procuravam formas diferentes para fugir da repressão. E não era apenas com a imprensa que isto acontecia. O cinema, teatro, a literatura também penavam para manifestar suas ideias e opiniões.