Do outro lado do espelho: Narrativas de Nós e Poéticas do corpo n’(As)pirações das juventudes periféricas - audiovisual
2024-2590.jovemProtagonizado pela juventude periférica da E.E.Geraldo Bittencourt, o projeto foca nas narrativas autobiográficas e coletivas destes estudantes. Integrante do programa de ICEB, com seu Eixo Temático do Núcleo de Pesquisa e Estudos Africanos e Afrobrasileiro e da Diáspora (UBUNTU/NUPEAAs), propomos uma reflexão crítica sobre o papel das nossas narrativas, além da utilização do audiovisual e das mídias como ferramentas capazes de colaborar na construção e promoção de uma sociedade antirracista.
Palavras-chave
Juventudes Periféricas, Antirracista, Audiovisual, Poéticas Autobiográficas, Mídias Digitais.
Resumo Científico
Ao observar nosso contexto enquanto jovens pretos, cidadãos e moradores de bairros periféricos da nossa cidade, identificamos dentro do microcosmo da escola a reverberação de experiências canônicas da nossa sociedade, como o racismo estrutural, “estruturante das relações sociais e da formação dos sujeitos (ALMEIDA, 2017)”. Tal estrutura, expõe as juventudes pretas, às violências cotidianas e seus desdobramentos, que impactam as relações dos sujeitos com seus corpos, alterando sua autoimagem e autoestima em busca de pertencimento ao social. Desta maneira, as(os) jovens são direcionadas(os) para perspectivas de futuro baseadas em imagens de controle (BUENO, 2020), que têm sido ditadas, e naturalizadas ao longo da construção histórica de nossa sociedade e que, sendo difundidas, também através das mídias digitais, se mostram destrutivas, quando colaboram para o distanciamento dos indivíduos de referenciais que sejam congruentes com a realidade e sua ancestralidade. Este estudo, intitulado “Do outro lado do espelho: Narrativas de Nós e Poéticas do corpo n’(As)pirações das juventudes periféricas - audiovisual, mídias e contribuições para uma sociedade antirracista”, eixo temático: Núcleo de Pesquisa e Estudos Africanos, Afro-brasileiros e da Diáspora (NUPEAAS), propõe-se a entender as juventudes periféricas (anseios, subjetividades, desejos, pirações e aspirações), por meio da relação corpo e mídias digitais (aplicativos, redes sociais etc.) e como se manifestam a partir das narrativas autobiográficas/“narrativas de si” (OSTETTO; KOLB- BERNARDES, 2015). Utilizando-se de atividades artísticas, filosóficas, acadêmicas e de pesquisa, dialogamos poéticas autobiográficas e linguagem cinematográfica, analisando e problematizando narrativas racistas e antirracistas, experienciadas por nós, atores deste núcleo, e estudantes da E.E. Geraldo Bittencourt, nos espaços; tempos; processos e percursos formativos, colaborando para a construção de currículos inclusivos e antirracistas.