Provincianismo e modernidade em Belo Horizonte: uma análise literária

Palavras-chave

Literatura, Belo Horizonte, Provincianismo

Resumo Científico

Sabe-se que Belo Horizonte e seus habitantes possuem simultaneamente um sentimento de provincianismo urbano e uma inquietude cultural. Isso se dá devido a uma forte cultura urbana aliada a um espírito ainda bastante ligado ao universo interiorano, apesar de ser a capital do estado e influente metrópole. A dimensão literária da cidade se deu de modo simultâneo ao surgimento de suas ruas, bairros e demais espaços, que passaram a ser mencionados e explorados pelos autores em suas obras. A partir das perspectivas propostas nas obras de Avelino Fóscolo, Fernando Sabino e Ricardo Aleixo, pode-se perceber que Belo Horizonte carrega tanto uma potência cultural emergente quanto uma postura que tende ao antiquado, e retrógrado. Esta pesquisa se debruça, assim, em análises que podem estabelecer conexões entre os habitantes, a cidade e seus textos. Como metodologia foram adotados a observação da literatura belo-horizontina, análise das relações entre a cidade e a literatura. O método histórico preencheu lacunas temporais para analisar como autores tão diferentes expressaram sentimentos semelhantes sobre a cidade. Observamos papel das obras literárias na sociedade, explorando como reforçam estereótipos provincianos e suas consequências sociais. A observação indireta envolve uma seleção de livros teóricos para embasar o estudo. Após investigarmos as relações entre literatura e cidade, concluimos que esse é um elemento fundamental para entender a identidade cultural de Belo Horizonte. A interrelação entre os espaços urbanos e a literatura revela as aspirações e frustrações da cidade, destacando como as narrativas moldam a percepção dos habitantes sobre sua cultura. O estudo enfatiza a literatura como um veículo essencial para construir uma consciência coletiva, valorizando Belo Horizonte como um centro cultural em constante evolução.