O protagonismo de atletas brasileiras nas últimas cinco edições das Olimpíadas

2024-304.juniorO presente estudo teve como objetivo principal analisar o protagonismo feminino de atletas brasileiras nas últimas cinco edições dos Jogos Olímpicos. Considerando que compreender a evolução da participação feminina nos Jogos Olímpicos proporciona mais do que uma abordagem esportiva, pois permite uma análise que envolve aspectos sociais e culturais da realidade enfrentada pelas mulheres na sociedade.
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Salvador/BA
Centro Educacional Império do Saber
Ciências Humanas
Pôster CientíficoRelatório

Palavras-chave

Esporte, Jogos Olímpicos.

Resumo Científico

A primeira edição das Olimpíadas aconteceu em 1896 em Atenas, mas apenas em Paris (1900), as mulheres tiveram representação na competição com a participação de 22 atletas. Nas últimas décadas um crescimento da participação feminina tem ocorrido, inclusive com o envolvimento de muitas atletas em movimentos feministas que visam direitos iguais no esporte e nas demais áreas da sociedade. Este estudo teve como objetivo analisar o protagonismo feminino de atletas brasileiras nas últimas cinco edições dos Jogos Olímpicos. Desse modo, após um período de fundamentação teórica, os dados coletados acerca da participação feminina da delegação brasileira nas últimas cinco edições das Olimpíadas (2008-2024) foram tabulados e analisados. A participação feminina brasileira já havia entrado para história antes mesmo do início da competição, pois pela primeira vez o número de mulheres (n=153) da delegação foi superior ao de homens (n=124). Quando consideramos as conquistas brasileiras em Paris (2024), novamente as mulheres se destacam, uma vez que pela primeira vez conquistaram mais medalhas (n=12), o que representou 60% das 20 conquistadas. Para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o notável destaque das atletas femininas é fruto da parceria realizada com as Confederações Brasileiras de modalidades olímpicas desde os jogos do Rio-2016. Ainda, segundo o COB, a criação da área Mulher no Esporte, em 2021, foi fundamental para essa crescente, tanto que nos Jogos Pan-Americanos de 2023 (Santiago), as mulheres já haviam conquistado mais medalhas. É inevitável falar do protagonismo feminino sem citar: Rayssa Leal, 16 anos, duas vezes medalhista no skate; Rafaela Silva e Beatriz Souza, ambas, medalhistas de ouro e bronze no judô; e Rebeca Andrade, a maior medalhista da história do Brasil em Olimpíadas (seis medalhas). O protagonismo das brasileiras é de grande estímulo para as futuras gerações, inclusive, na perspectiva de uma sociedade mais justa e igualitária para meninas e mulheres.