Bioplásticos, Descarte, Sustentabilidade
Os plásticos são polímeros com uma infinidade de formas e funções. Apresentam propriedades que ressaltam seu interesse econômico, como inércia química, preço baixo e maleabilidade; elevando seu consumo e descarte; ocasionando graves problemas na gestão de resíduos sólidos. O Brasil produz anualmente mais de 400 mil toneladas de xilenos, um dos principais plastificantes do PVC. Além disso, plásticos são duráveis, pois levam cerca de 500 anos para se decompor. Por isso é tão importante financiar ideias sustentáveis, que possam substituir os plásticos por produtos mais degradáveis. Em vista disso, este trabalho teve como objetivo produzir bioplásticos a partir de biopolímeros, adicionando descartes alimentares e lixo verde para testar diferentes consistências e, portanto, sugerir diferentes aplicações no cotidiano das pessoas. A pesquisa também testou várias receitas de biopolímeros, encontradas na literatura, adicionando corantes e descartes de alimentos; verificando sua viabilidade. Para isso, inicialmente, foram feitos alguns ensaios com diferentes biopolímeros: gelatina, ágar-ágar, carboximetil celulose (CMC), fécula de batata e amido de milho. Também foram adicionadas às receitas diversos descartes naturais, analisando: transparência, rigidez, flexibilidade, textura, brilho, cor, odor, umidade e aplicabilidade. Em um segundo momento, foram selecionadas 4 receitas base de interesse (gelatina, CMC, ágar-ágar, mucilagem de linhaça), adicionando os seguintes descartes: bagaço de cana de açúcar, caule de girassol e casca de ovo. Foram obtidos os seguintes resultados: a gelatina, o CMC e a mucilagem de linhaça apresentaram maior maleabilidade e brilho; o CMC apresentou maior rigidez quando adicionado à casca de ovo; os descartes, bagaço de cana de açúcar e caule de girassol, conferiram mais consistência à gelatina e ao ágar-ágar; a gelatina tornou a linhaça mais resistente.