Saúde e ambiente, Corantes alimentares
Os corantes utilizados em doceria, confeitaria e na indústria alimentícia estão relacionados à problemas ambientais e de saúde. No entanto, a “Química Verde” propõe o desenvolvimento de produtos para reduzir ou eliminar o uso de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. Os valores da Ingestão Diária Aceitável (IDA) são estabelecidos por órgãos públicos de cada país, além da FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação). Apesar de a FAO estabelecer com segurança os valores de IDA, os consumidores têm acesso fácil aos alimentos industrializados em mercados e mercearias, podendo consumi-los deliberadamente, inclusive devido ao custo baixo. Este trabalho levantou os corantes artificiais nos rótulos de alimentos em Quissamã- RJ e desenvolveu uma alternativa de corantes vegetais utilizando solventes menos tóxicos ao ambiente. Dentre os corantes artificiais mais utilizados destacam-se: azul brilhante (40 %) e tartrazina (38 %). Os pigmentos vegetais obtidos a partir de flores de ixora apresentaram-se solúveis em água, estáveis numa faixa de pH de 2 a 9 e menos tóxicos ao meio que a tartrazina em bioensaio frente a sementes de alface. Os corantes artificiais são adicionados aos medicamentos, alimentos e suplementos nutricionais para torná-los coloridos e mais atrativos, geralmente associado ao sabor do produto. Entretanto, tais substâncias químicas são potencialmente perigosas ao organismo e podem prejudicar a saúde dos consumidores a curto e longo prazo. Os alimentos à base de xaropes (refrigerantes e refrescos) e massas com cobertura e recheios (tortas, biscoitos e bolachas) possuem teores elevados dos corantes artificiais. No entanto, tais substâncias devem ser apresentadas no rótulo da embalagem conforme legislação. Contudo, a população não verifica esses dados e não conhece os riscos associados a tais aditivos.