AedesKills: bioinseticida de baixo custo para combate ao mosquito Aedes aegypti na comunidade do Vale do Mundaú

2024-1808.jovemO projeto conta com financiamento da FACEPE e foi desenvolvido no Clube de Ciências da ETEAVS. Nosso principal objetivo é desenvolver um bioinseticida de baixo custo que possa ser utilizado em comunidades carentes, notadamento da comunidade do Vale do Mundaú.
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Garanhuns/PE
Escola Técnica Estadual Ariano Vilar Suassuna
Ciências da Saúde
Pôster CientíficoRelatório

Palavras-chave

Bioinseticida, arboviroses, Aedes aegypti

Resumo Científico

As arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti são referenciadas como doenças negligenciadas, pois possuem maiores ocorrências em populações marginalizadas. Neste contexto, a dengue ganha relevância em função do elevado número de casos em 2024, causando preocupação nas autoridades sanitárias. Neste contexto, a ETE Ariano Suassuna localiza-se na periferia de Garanhuns-PE, avizinhada pela comunidade Vale do Mundaú e cemitério São Miguel, focos de proliferação de mosquitos. Tão logo, um papel da Escola é promover soluções viáveis de saúde pública, auxiliando no combate a arboviroses, sendo a principal estratégia a erradicação do seu vetor, evitando sua proliferação através de pesticidas. Todavia, tais elementos industrializados não são acessíveis as populações carentes e podem ocasionar prejuízos ambientais, além de estarem associados a problemas de desenvolvimento de resistência do vetor e danos à saúde. Dessa forma, nosso objetivo é propor alternativa acessível, em substituição aos pesticidas industrializados, para auxiliar no combate a proliferação do mosquito A. aegypti na comunidade do Vale do Mundaú. O AedesKills foi produzido com extratos de: babosa (Aloe arborescens); mamona (Ricinus communis); Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia seguine); Espada de são Jorge (Dracaena trifasciata). Para a diluição utilizou-se álcool 70° em concentrações variadas. Os mosquitos Aedes foram aprisionados em frascos com uma tela de microtule, sendo cada extrato borrifado na tela e observando-se o impacto no mosquito após 1h, 2h, 4h e 8h. Os resultados sinalizaram eficiência da ação inseticida de todos os extratos após 1h, sobretudo aqueles com concentrações acima de 50% de álcool 70°. Além disso, a amostra controle, que continha apenas água no borrifador, apenas atordoou o mosquito, reiterando a eficiência dos extratos. Outro ponto observado é uma maior eficiência do extrato de comigo-ninguém-pode. Tais dados reforçam a importância de soluções alternativas para combate a arboviroses