Violência; Culturas de Paz; Mediação de Conflitos; Convivência Democrática; Humanidades e Artes
O artigo apresenta a experiência do Núcleo de Iniciação Científica da Educação Básica (ICEB), da Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes (EEMAN) sobre o papel dos repertórios das Humanidades e Artes na mediação de conflitos, na mitigação de violências e no desenvolvimento de culturas de paz e fortalecimento da democracia e da poética na instituição que desenvolve a modalidade de Ensino Médio de Tempo Integral (EMTI). Diante do aumento no número de casos de violência nas escolas brasileiras, a pesquisa objetiva identificar os conflitos, violências e negacionismos no cotidiano da EEMAN, bem como analisa o advento da violência e a sensibilização por empatia, acolhimento e reparação aos indivíduos que enfrentam situações de agressão, assédio, discriminação ou preconceito. Além disso, busca, por meio de um estudo de caso, entender quais violências e negacionismos estão presentes no cotidiano da escola. Para tanto, o Núcleo ICEB/EEMAN levantou dados de pesquisa resultantes da aplicação de questionários para 97 discentes do 1º, 2º e 3º anos do EM e funcionários da EEMAN sobre suas percepções e experiências em relação à violência, intolerância e negacionismo científico. Através dos dados da pesquisa de campo, verificou-se que os tipos de violências mais recorrentes são: bullying/zombaria/humilhação, violência psicológica, verbal e roubos/furtos. A maioria dos participantes (67,4%) relatou que a violência impactou negativamente sua saúde emocional e autoestima. Por fim, a maior parte afirmou que músicas (59,8%), amizades (55,4%), diálogo com a mãe (38,0%), exercícios físicos (38,0%) e filmes e séries (28,3%) são fatores importantes para aliviar os efeitos negativos da violência. Logo, conclui-se que a violência está presente no cotidiano escolar e que os repertórios das Humanidades e Artes são relevantes na redução dos efeitos negativos e no combate às violências, de maneira a criar um ambiente escolar seguro.