Pesqueiro - sustentável - meio ambiente
A pesca de lagostas tem causado a diminuição dos estoques pesqueiros, impactando a efetividade da pesca artesanal e reduzindo a renda das comunidades pesqueiras. Isso estimula a sobrepesca e a captura de indivíduos juvenis. Como alternativa, têm sido implantadas marambaias, estruturas para fixação de microorganismos aquáticos que visam à formação da cadeia trófica, mas que também causam danos ao ecossistema marinho. Diante desse cenário, desenvolvemos um projeto para criar um pesqueiro sustentável que não polua o mar, utilizando a madeira da algaroba. Nosso objetivo é garantir a conservação das populações de lagosta e promover a sustentabilidade na atividade pesqueira. A algaroba (Prosopis juliflora) é uma árvore nativa das regiões tropicais e subtropicais das Américas, introduzida em várias partes do mundo devido à sua resistência em ambientes áridos e semiáridos. Na comunidade de Praia do Rosado, os pescadores utilizam pesqueiros inadequados, como tambores e pneus, que contribuem para a poluição do mar. Surgiu, assim, a ideia de criar um pesqueiro sustentável. Na Praia do Rosado, há abundância de algaroba, que, apesar de exótica, causa problemas ao interferir nos lençóis freáticos degradar o solo. Propomos a criação de um pesqueiro sustentável, utilizando a madeira da algaroba. Consultamos o gestor do IDEMA, secretário de pesca, presidente da colônia dos pescadores, e uma engenheira de pesca, que confirmaram a viabilidade do uso da algaroba no mar. Realizamos pesquisas com o IDEMA, secretários de Agricultura e Pesca, engenheiros de pesca e pescadores locais, que apoiaram nossa ideia. A madeira da algaroba mais nova tem durabilidade de 6 meses no mar, enquanto a mais antiga dura de 8 a 10 meses. Esse tempo é suficiente para a pescaria da lagosta, que conta com 6 meses de pesca e 6 meses de defesa.