Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e as telas: o que dizem os estudos?

2024-1576.jovemO uso excessivo de telas por crianças, especialmente aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem sido uma preocupação crescente. Este estudo revisou 19 artigos e constatou que, embora as telas não sejam a causa direta do TEA, seu uso precoce pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e de linguagem. Para um crescimento saudável, é fundamental limitar o tempo de exposição a tecnologias na primeira infância.
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Bragança Paulista/SP
Instituto Federal de São Paulo campus Bragança Paulista (IFSP-BRA)
Ciências da Saúde
Pôster CientíficoRelatório

Palavras-chave

TEA, Telas, Primeira infância.

Resumo Científico

O uso excessivo de telas por parte de crianças, em contraste com as recomendações de organizações de saúde, como as da Sociedade Brasileira de Pediatria e as da Associação de Pediatras dos EUA, além da própria Organização Mundial da Saúde, é uma crescente preocupação no cenário brasileiro, visto que tal exposição traz impactos para o neurodesenvolvimento infantil. Com isso em vista, este trabalho tem como objetivo analisar os impactos do uso de telas na primeira infância (até os seis anos) por crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), partindo da hipótese de que seria possível analisar a exposição a telas e sua influência no desenvolvimento cognitivo e social dessas crianças. Para isso, selecionamos dezenove artigos que abordavam especificamente a relação entre TEA e o uso de telas; em seguida, analisamos as metodologias empregadas nos artigos selecionados, destacando pontos fortes e limitações; e, por fim, identificamos padrões de resultados nos estudos, a fim de buscar concordâncias ou divergências nas conclusões. Os resultados indicam duas conclusões. A primeira é de que, apesar de apresentarem divergências em alguns estudos, a exposição precoce a telas não é o fator direto causador do TEA. A segunda é a de que o uso de telas por crianças com TEA na primeira infância resulta em um menor desenvolvimento cognitivo e de linguagem nos anos pré-escolares. Assim, os estudos sugerem que se deve restringir o tempo de uso de tecnologias nos primeiros anos de vida a fim de garantir um crescimento saudável.