Como os transtornos alimentares influenciam na expectativa de vida?

Palavras-chave

transtorno alimentar, expectativa de vida, anorexia, bulimia, compulsão alimentar, comorbidades.

Resumo Científico

A expectativa de vida pode ser caracterizada pela idade média que o ser humano pode esperar viver e é influenciado por diferentes variáveis. Transtornos alimentares são doenças psiquiátricas caracterizadas por graves alterações do comportamento alimentar e sofrimento grave ou preocupação com o peso ou a forma do corpo (serão estudados anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar. Os transtornos alimentares podem trazer consequências e comorbidades afetando a expectativa de vida. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar as comorbidades e complicações clínicas e psiquiátricas de pacientes com transtorno alimentar e sua relação com expectativa de vida. Para tanto, foram analisados 53 prontuários de pacientes com anorexia, bulimia e compulsão alimentar do Núcleo de assistência em transtornos alimentares e obesidade do Departamento de Nutrição da Unifran, em São Paulo. Foram analisados os seguintes dados: tipo de transtorno, IMC (índice de massa corpórea), sexo e idade, nível de escolaridade, complicações clínicas e psiquiátricas. Nossos resultados demonstraram que os distúrbios alimentares são mais frequentes no gênero feminino. Foi observado também que o distúrbio alimentar varia de acordo com a idade, sendo que a média para a anorexia foi de 20 anos, bulimia 22 anos e compulsão alimentar 26 anos. Em relação ao nível de escolaridade, o nível superior foi o mais encontrado, seguido do Ensino Fundamental. Quanto às comorbidades desencadeadas pelos distúrbios, a mais prevalente foi depressão e ansiedade. Vale destacar, a autoagressão e tentativa de suicídio em pacientes com bulimia. Já em relação às comorbidades clínicas, os achados variam de acordo com o transtorno alimentar. Em pacientes anoréxicas foi observado um maior número de amenorreia e desnutrição. Pacientes bulímicas e com compulsão alimentar, apresentam mais problemas gastrointestinais. Sendo assim, nossos resultados demonstram uma alta frequência de comorbidades clínicas e psicológic