Líquens, bioindicadores
A poluição do ar é uma preocupação crescente devido aos impactos significativos no meio ambiente e na saúde humana. O excesso de poluentes na atmosfera é responsável pela intensificação do efeito estufa, provoca chuvas ácidas, danos à camada de ozônio e milhões de mortes anuais por doenças respiratórias como asma, bronquite, pneumonia e câncer de pulmão. O aumento da urbanização e industrialização ampliou a emissão de poluentes, como dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), material particulado (MP10), monóxido de carbono (CO1) e dióxido de carbono (CO2). No Rio de Janeiro, a falta de dados confiáveis sobre a qualidade do ar dificulta a compreensão dos impactos na saúde pública. Para disponibilizar uma maior gama de informações a respeito da qualidade do ar, recomenda-se a utilização de líquens como bioindicadores. A presença ou ausência de líquens em árvores pode indicar a qualidade do ar de forma eficaz e acessível, pois são sensíveis à poluição atmosférica. Este estudo analisa a diversidade de líquens como indicadores da qualidade do ar na Praça Natividade Saldanha e na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Os resultados revelam correlação entre a densidade de líquens e a qualidade do ar, destacando áreas mais arborizadas com melhor qualidade do ar. Essas observações podem guiar pesquisas e propostas para melhorar a qualidade do ar, incluindo o uso de microalgas para biofixação de poluentes, como CO2, e produção de biomassa para biocombustível. O estudo busca informar e incentivar mudanças comportamentais para ações mais sustentáveis, visando melhorar a qualidade de vida e reduzir a poluição.