Kapok, Sustentabilidade, Pobreza Menstrual.
O termo "pobreza menstrual” ainda é desconhecido por parte significativa da população. Caracteriza-se pela falta de recursos, infraestrutura e desconhecimento das mulheres sobre os cuidados com a menstruação (ROCHA, 2022). A falta de acesso a itens básicos de higiene é comum para uma parcela da população: “quando você não tem dinheiro nem mesmo para comprar comida, itens de higiene como absorventes são itens de luxo”, afirmou a senadora Zenaide Maia à Agência Senado, no ano de 2021. Logo, sabendo da existência dessa pobreza, é necessário pensar em alternativas para promover o maior acesso para meninas e mulheres da comunidade, por outro lado, o projeto se apoia na perspectiva sustentável no qual se preocupa com a quantidade de materiais poluentes descartados ao utilizar absorventes convencionais. Nesse sentido, surge a proposta de criação de um absorvente interno sustentável e biodegradável a partir do uso de uma fibra celulósica obtida através do fruto da sumaúma, conhecida popularmente como "Kapok", revestido por um tecido biodegradável. De acordo com os testes iniciais, evidenciamos que quando submetida à presença de água, a fibra absorve gradualmente o líquido, sendo necessária a realização de testes futuros. Para auxiliar na absorção do líquido, foi pensada a possibilidade de usar um tecido feito de algodão 100% para revestir a fibra do Kapok. Compreendemos que este tema é de fundamental importância para que discussões como estas, sejam debatidas com maior frequência, atenção e intensidade, pois, a temática de higiene e dignidade feminina, bem como as condições ambientais para a vida em sociedade. Ao analisar esta problemática, é preciso compreender a relação entre a poluição e a pobreza menstrual visando resolver os dois problemas de forma simultânea.