Afrobrasileira,Afropatense.
Entende-se que o ensino da História e da cultura afro-brasileira é um mecanismo que corrobora para amenizar a dívida histórica que o Brasil tem com os grupos afro-brasileiros, pois a cultura eurocentrista foi priorizada em detrimento da africana, que por sua vez, passou a ser invisibilizada e relegada a segundo plano de importância dentro e fora do ambiente escolar. De tal forma, é perceptível, a evasão e o preconceito que determinados lugares e pessoas contém com a abordagem deste assunto. O ritual de coroação de reis negros, também conhecido como reinados e, posteriormente, festa do congo ou congado , tem suas origens na sociedade escravista e na expansão do catolicismo e do império português, através dos processos de hibridização cultural no mundo atlântico. Estes festejos geralmente aconteciam durante a confraternização dos santos patronos das irmandades negras e tinham como ponto alto a entronização do rei, o cortejo festivo, a musicalidade e corporeidade dançante como elementos de comunicação com o sagrado. Dentre todas as modalidades folclóricas existentes, grande parte delas foram trazidas da África, e exerce função de caráter tipicamente religiosa em nosso país, se bem que, pela sua origem trata-se Moçambique de uma dança/ritual africana. Em meio a esse cenário expressivo de conquistas, representatividade e avanços, a análise de um ponto de abordagem estratégica permeia os estudos e reflexões do grupo de jovens pesquisadores(as) da Escola Estadual “Deiró Eunápio Borges”: Como as expressões artísticas e culturais das Festas de Congado e Moçambique podem ser utilizadas como ferramentas promotoras do estudo e conhecimento da Cultura Afro-Brasileira e Africana dentro do ambiente escolar no município de Patos de Minas? Responder a essa indagação norteará os caminhos de nossas ações e reflexões durante a realização desse estudo científico.