A egiptomania na cidade de Campanha-MG: levantamento e análise dos objetos arquitetônicos

2023-576.maisFinanciado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), o presente projeto analisou os elementos arquitetônicos egipcíacos em Campanha-MG. Ao explorarmos a cidade, percebemos a existência de diversos objetos arquitetônicos inspirados no Egito antigo e que não são do conhecimento dos campanhenses. Assim, localizamos os objetos para investigá-los a partir do olhar da Egiptomania.
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Campanha/MG
Universidade do Estado de Minas Gerais
Ciências Humanas
Pôster CientíficoRelatório

Palavras-chave

Egiptomania, arquitetura, Campanha-MG

Resumo Científico

O presente projeto analisou os elementos arquitetônicos egipcíacos em Campanha-MG, um município localizado na região sul do Estado de Minas Gerais e que, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, censo de 2022, possui a população de 15.935 habitantes. Ao explorarmos a cidade, junto ao nosso Professor de História Antiga, percebemos a existência de diversos objetos arquitetônicos inspirados no Egito antigo e que não são do conhecimento dos campanhenses. Assim, localizamos os objetos a fim de investigá-los historicamente. Nosso estudo foi realizado com base na Egiptomania, uma metodologia que compreende as manifestações simbólicas do Egito antigo na arquitetura contemporânea como um fenômeno de cunho social e cultural que vai além da estética. Em outras palavras, entende os artefatos como fontes para o estudo do imaginário que se tem sobre a cultura egípcia em diferentes temporalidades. E por que tal escolha? Porque existem monumentos na paisagem urbana campanhense rememorando traços da arte egípcia, os quais, muitas vezes, sem percebermos, convivemos diariamente, a exemplo do obelisco do bicentenário, da pirâmide e do obelisco do cemitério, e de outros traços identificados na decoração de casas e da Igreja Santo Antônio. O obelisco do bicentenário é um desses objetos típicos pouco percebidos, mesmo estando localizado na Praça Dr. Jefferson de Oliveira, no centro da cidade. Fato que reflete no seu estado de conservação, afinal, encontra-se sujo, com muitas pichações e há sinais de depredação, não condizendo com a sua importância. A partir do diálogo interdisciplinar com a História da Arte e a Educação Patrimonial, esta pesquisa considerou a Egiptomania na arquitetura da cidade de Campanha, uma região ainda não estudada pelos cânones da área, e repleta de documentos históricos inéditos. Ainda será construir um mapa educacional de tais apropriações no cotidiano da cidade, em conjunto com textos/ensaios sobre esses objetos no presente e no passado.