Purificação,barreiro,quiabo.
O acesso à água potável pode parecer banal em cidades grandes, mas, segundo o IBGE (2010), 9,8 milhões de domicílios brasileiros ainda não têm acesso à água. Canindé de São Francisco, no sertão sergipano, tem mais de 52% da zona rural sem acesso à água. É crucial aproveitar a água disponível. Assim, surge a pergunta: Como purificar água de barreiro sem coagulantes inorgânicos? O objetivo é criar um método sustentável e acessível para tornar a água imprópria para consumo em potável. A pesquisa é dividida em etapas: pesquisa teórica, preparo da mucilagem do quiabo, otimização da mucilagem, purificação da água de barreiro, medição de turbidez, cor, pH e questionários na comunidade. A adição do polímero na coagulação/floculação gera flocos grandes e eficazes na redução de turbidez e cor, atingindo aproximadamente 99,98% de redução em altas faixas de turbidez e 98,80% em baixas faixas. O lodo biodegradável produzido pode ser usado como adubo. O custo de produção do biopolímero é de R$0,01 para purificar 1000 mL de água, economizando 99,98% em comparação com o galão de 20L do mercado. A pesquisa mostra que a população aprova o uso da água tratada com o biopolímero, com 97% dispostos a pagar 1 centavo por litro. Este projeto desenvolveu um bioproduto eficiente para purificar água de barreiro, atendendo a uma necessidade regional e mundial de acesso à água potável. Além disso, contribui para 5 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, abordando questões ambientais, sociais, econômicas e científicas.