acessibilidade, adaptação, dismetria, impressão 3D, protótipo
As particularidades físicas dos indivíduos, ainda que recebam certa consideração em determinados meios, no contexto da ampla sociedade, demonstram-se invisibilizadas e constantemente não atendidas. Nessa conjuntura, enfoca-se, neste estudo, a área de adaptação de calçados para pessoas com dismetria dos membros inferiores, mal que ocasiona diferença de comprimento entre as pernas de um indivíduo e é capaz de prejudicar ou impossibilitar a sua marcha, denotando grandes impactos em suas cotidianidades. Identificou-se que, através da criação de uma sola adaptável e acessível, o problema poderia ser auspiciosamente endereçado; o desenvolvimento da pesquisa voltou-se, pois, a essa abordagem. Por meio das metódicas de caráter intervencionista, pesquisas para entender o panorama das considerações de usuários a respeito da adaptação de calçados, entrevistas com profissionais nas áreas de sapataria e adequação para pessoas com dismetria, suplementarmente com o contato e auxílio de desenvolvimento de uma empresa especializada em modelagem e trabalho com calçados em 3D, ideou-se e modelou-se um protótipo de sola acoplável ao calçado que conjuga acessibilidade, inclusão e capacidade de adaptação, propiciando uma maior autodeterminação por parte do utente. O protótipo foi analisado quanto à segurança, ao material e à facilidade de uso e, a partir dos resultados, desenvolvem-se, até o momento, novos modelos que melhor se adequem à necessidade do usuário e às premissas do projeto. O modelo atual consiste de solas de diferentes espessuras com sulcos e cristas que encaixam-se lateralmente, combinando-se e equivalendo à diferença de comprimento que se pretendia compensar inicialmente. O copolímero Acrilonitrila butadieno estireno (ABS) foi testado e apresentou resultados insatisfatórios; atualmente, organiza-se a impressão de partes do modelo no termoplástico PETG para posterior avaliação do funcionamento dos encaixes.