Chica da Silva, Escravidão, Minas Gerais, Diamantes, Cultura Afro-brasileira
Nosso projeto é parte do Programa de Iniciação Científica na Educação Básica promovido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais abrangendo aluno-pesquisadores do 9º ano e do Ensino Médio. Nossa proposta de trabalho é sobre a história de uma importante personagem mineira, Francisca da Silva de Oliveira, a Chica da Silva e tem como objetivo analisar a influência da figura de Chica, na cultura brasileira, bem como investigar o papel dos diamantes na moldagem da sociedade mineira, além de investigar a vida e o contexto histórico de Chica da Silva, destacando sua origem, condição de escrava e posterior forra, e a relevância de sua história na sociedade mineira dos séculos XVIII, XIX e XX. Para isso, visamos examinar como ela foi retratada ao longo do tempo e compreender sua importância histórica e cultural. Durante nossa pesquisa usaremos dois métodos de pesquisa: o Histórico e o Comparativo, como uma forma de alcançar a proposta de pesquisa através do levantamento bibliográfico sobre a Chica. Nos anos que se seguiram a sua passagem, Francisca da Silva foi retratada com várias formas, algumas pejorativas e carregadas de preconceitos raciais como a do advogado Joaquim Felício dos Santos que em 1868 publicou a obra “Memórias do Distrito Diamantino” onde retrata uma Chica vulgar e sem beleza. Em contramão, temos a pesquisa da historiadora Júnia Ferreira Furtado, que em 2003 publicou a obra “Chica da Silva e o Contratador de diamantes: o outro lado do mito”, onde faz um levantamento histórico de Chica da Silva e fazendo as discussões sociais inerentes a essa persona. Chica traz consigo uma carga cultural que muitas vezes é associada ao povo negro, como por exemplo, a sensualidade extrema e os estereótipos da etnia. Estudar a história da Chica da Silva é estudar a formação da sociedade mineira/mineradora e escravista que prosperou graças ao sangue e suor dos africanos e afro-brasileiros cativos.