Trânsito, rotatória, mobilidade urbana, cinemática, física
Este projeto visa o debate sobre congestionamentos de veículos em uma cidade e como podemos minimizá-los, o que diminui a qualidade de vida da população e aumenta as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. O objetivo deste trabalho foi empregar as equações da física/cinemática no estudo dos congestionamentos urbanos observados em cruzamentos e rotatórias da cidade de Londrina - PR. Para tal a metodologia foi dividida em 5 partes: 1) definição do ponto de congestionamento recorrente; 2) uso de ferramentas digitais para mapeamento e cotização das distâncias nas vias consideradas; 3) levantamento de dados in loco dos tempos de deslocamento dos veículos por cronometragem e filmagem; 4) tabulação dos dados; e 5) avaliação dos resultados por meio das equações da cinemática. Pela análise dos dados, percebeu-se que os congestionamentos se formam em cruzamentos e rotatórias, particularmente nos quais na via preferencial não se impõe restrição de velocidade aos veículos. Os congestionamentos se formam a partir do aumento do fluxo de veículos, porém são fortemente influenciados onde não há sinalização de controle de velocidade. Nas vias sem controle de velocidade, e preferenciais, os veículos circulam em velocidades moderadas de 50 a 60 km/h, e mesmo nestas velocidades suas distâncias em unidades de comprimento é grande, porém a distância em unidade de tempo, é baixa. Essa combinação resulta em baixo fluxo de veículos nesta via preferencial, com tempo entre veículos baixo, reduzindo o tempo de reação dos motoristas que aguardam passagem, formando, consequentemente, engarrafamentos. Conclui-se que o número de veículos presos em um congestionamento pode ser amenizado se sistemas de controle de velocidade forem colocados em pontos estratégicos. Esse controle de velocidade pode garantir um aumento no tempo de reação dos veículos parados suficiente para aumentar o fluxo de veículos em até 4 vezes, e consequentemente causa a diminuição dos congestionamentos.