Turismo, rio, mata ciliar, área de preservação permanente, impactos ambientais, transformações geográficas
Nos últimos anos, as margens do rio Serra Branca, em Porteirinha-MG, experimentaram uma explosão no setor de turismo, especialmente nas proximidades da cachoeira do Serrado, principal atração do Parque Estadual Serra Nova e Talhado (PESNT). Apesar da importância do turismo para o desenvolvimento local, a demanda por infraestruturas turísticas próximas ao rio pode levar a uma expansão imobiliária desordenada, resultando em danos às matas ciliares, como desmatamento, erosão e perda de habitat. Por esses motivos é que o presente projeto se propôs investigar as transformações geográficas resultantes da expansão imobiliária em um trecho do Rio Serra Branca, com o propósito de avaliar seus impactos na conservação das matas ciliares. Para a avaliação, foram comparadas, por meio de imagens de satélite dos anos de 2012 e 2021, as transformações ocorridas na área ciliar do Rio Serra Branca. Nas imagens foram identificadas: o número de novas edificações construídas e áreas que sofreram supressão de mata ciliar. Os resultados indicaram um significativo aumento no número de edificações construídas no período analisado, que dobraram em quantidade, saltando de 114 em 2012 para 234 em 2021. Fato preocupante é que deste total, 13 edificações encontram-se em áreas de preservação permanente (APP). Observou-se ainda a existência de 11 áreas ciliares desmatadas, sendo que cinco dessas áreas foram desmatadas entre 2012 e 2021. Esses resultados evidenciam o crescimento acelerado da área estudada, com um aumento expressivo no número total de edificações. Além disso, a identificação de áreas desmatadas e edificações em APP ressalta a importância de monitorar e regular a ocupação nessas áreas para garantir a preservação ambiental e evitar impactos negativos às matas ciliares do rio.